terça-feira, 17 de maio de 2011

Shadow of the Colossus

Quem me conhece, ou lê o blog, sabe que eu passei batido pela geração Playstation. Depois do Super Nintendo, joguei um pouco de Playstation 1, dois ou três jogos no Nintendo 64 e só. Uns 3 anos atrás "conheci" o Play 2, jogando Guitar Hero 3. Mas foi uma experiência de um final de semana.

Em 2008 um amigo emprestou o console dele com alguns games. Esse meu amigo recomendou muito um tal de Shadow of the Colossus. Disse que era o jogo mais foda do mundo. Eu nunca tinha ouvido falar dele, então fui jogar os outros como Guitar Hero, Silent Hill, Metal Gear, God of War 1 e 2.

Depois de muito recomendarem, resolvi ver qual era a do jogo:



A introdução era maravilhosa. Me empolguei. Após um "breve" diálogo começa o jogo de verdade, o personagem é parecido com o Link da série Zelda, e tem como companheiro um cavalo. Aí saí andando, testando os controles... e depois de alguns minutos, nada aconteceu. Fiquei andando pelos campos (paisagem linda), mas, nenhum inimigo, obstáculo, direção... nada.


Depois do tédio, obviamente, parei e fui jogar outra coisa (God of War). Bom, esse meu amigo não tinha nenhum jogo original, e o disco de God of War estava falhado. Então, tive que dar uma segunda chance para o Shadow of the Colossus.

Prestei um pouco mais de atenção na introdução e no diálogo, tentando entender o que devia fazer. Entendi que devia procurar alguma coisa, e que a espada, quando serguida contra o sol, indicava o caminho a ser seguido.

Então fui, escala ali, escala lá... e entra uma cutscene:



Pensei algo do tipo "caraca, como vou matar esse bicho?!" Fiquei ali atirando flechas e fugindo. E nada acontecia. O monstrengo continuava vindo e nem sinal de ele morrer. Aí o game dá uma dica de que se erguer a espada, ela indica pontos fracos. Só que os pontos fracos são bem altos e impossíveis de acertar com as flechas. Achei que a ideia era absurda, mas fui tentar escalar o bicho. E era isso mesmo! Me emocionei horrores, escalar ele era muito legal, desafiador e tenso.

Era preciso aliar ficar segurando para não cair, pular e atacar os pontos vitais. A cada ataque, o colosso se retorcia, cachoalhava e tornava tudo mais difícil. Mas a cutscene ao derrotar ele dava uma sensação de grandeza muito boa. Era um feito colossal (trocadilho extremamente necessário). Depois da cutscene, volta para o início do jogo, e mostra que para chegar no objetivo era preciso derrotar todos os colossos, que destruiria suas representações no templo.


E aí segue o jogo, é preciso derrotar um a um os dezesseis colossos. Cada um tem uma personalidade, um cenário, um ataque e uma fraqueza. Tem humanóides, aves, serpentes, cavalos e outros sem definição. Eu não terminei o jogo, parei no oitavo e tive que devolver o jogo. Mas até onde cheguei, a sensação ao encontrar cada um deles foi semelhante a do primeiro encontro: grandeza e "como vou derrotar esse monstro".

Dos que enfrentei, dois se sobressairam: uma ave gigante e uma serpente marinha, o quinto e o sétimo. A ave se encontrava em algo parecido com o Coliseu de Roma, porém com algumas torres no "campo" e um lago ao invés do chão (nadar naquela água dava muito medo). Não sabia que o colosso da vez era uma ave, achei que a qualquer momento iria surgir um monstro marinho. Mas ao chegar perto o suficiente, aparece ele empoleirado em alguma das torres. E era necessário chamar a atenção dele com o arco, e quando ele passasse perto, desviar, pular e agarrar na sua asa. A sensação de velocidade era muito boa (Need of Speed fica no chinelo), ver o mundo todo lá de cima (bem lá de cima), ter que atacar cada extremidade das asas e depois a cabeça dele... era um grande desafio e algo muito, muito afudê!



Meu medo do monstro marinho apareceu então no sétimo colosso: uma serpente marinha. Lá veio aquela sensação de grandeza (ou de "pequeneza" no caso), era uma sombra gigantesca circulando por baixo da água. Me caguei de medo, não queria entrar na água por nada. Mas era o jeito e fui lá tentando nadar e me agarrar no bicho. Era preciso começar pela cauda e seguir até a cabeça, mas até lá era preciso acertar alguns pontos, cuidar para não tomar choque, se segurar embaixo d'água (a sensação de velocidade do voador, mas agora piorada).



Enfim, um jogo grandioso! Não tem nenhum inimigo a não ser os 16 "chefes", são cenários maravilhosos, trilha sonora impecável e tem um excelente desafio. Pode se tornar um pouco cansativo no caminho entre um colosso e outro, mas tudo faz parte da preparação do que está por vir. Para derrotar os colossos não era só sair na porrada, era preciso analisar o cenário, os movimentos e ataques de cada um e elaborar uma estratégia primeiro para se agarrar nele, e depois para chegar nos pontos vitais.

É possível ver todo o game no youtube para quem não teve a oportunidade de jogar no Playstation 2. Para quem tem o Play 3, está para sair uma versão HD (mais do que merecida), então vale a pena esperar e comprar.

Recomendo escutarem o OrionCast! Level 47 que fala sobre todos os colossos e a impressão dos podcasters sobre cada um. E claro, recomendo que joguem!

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